Todas as noites, Nanci pegava livros com gravuras enormes e os folheava como se não tivesse vontade alguma de ler aqueles textos imensos.
Nanci era filha única por parte de mãe, mas por parte de pai era a do meio. Ela estava sempre com um meio sorriso estampado na cara e com livros debaixo do braço.
Seu irmão mais velho lhe dera livros ainda quando era criança. Nanci adorava quando lhe contavam histórias e contos para dormir.
Como lhes falara no começo da história Nanci todas às noites agarrava-se em livros e os folheava como se não quisesse ler aqueles textos enormes. Mas não era bem isso que acontecia.
Nanci fora abandonada na casa da avó paterna no sexto mês de vida. Ela não fora muito bem criada pela avó, e desde cedo teve que trabalhar. Nanci com quinze anos de idade não sabia ao menos soletrar seu nome.
E por isso, Nanci estaria condenada a todas as noites descansar, pegar livros, e folheá-los como se não tivesse a menor vontade de lê-los. Nanci não sabia ler, mas sabia apreciar belas histórias.
Joyce Marins (9º ano C)